Juiz manda soltar Cachoeira, mas ele continuará preso
O juiz federal Tourinho Neto, do TRF-1 (Tribunal
Regional Federal da 1ª Região) deferiu pedido de habeas corpus feito pela
defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde o
final de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, acusado de comandar esquema
criminoso que envolve políticos e empresários.
Ele, no entanto, não será solto, pois ainda vigora
mandado de prisão contra o empresário, expedido em decorrência da Operação
Saint Michel, que investiga desdobramento do esquema criminoso no Distrito
Federal.
Tourinho Neto
analisou o caso sozinho. Os advogados de Cachoeira entraram com um pedido de
extensão em outro habeas corpus deferido pelo magistrado na última
quarta-feira, no qual mandou soltar José Olimpio de Queiroga Neto, acusado de
atuar na exploração de casas de jogos no entorno do DF, seguindo esquema
chefiado por Cachoeira.
Segundo Tourinho
Neto, o esquema criminoso foi desfeito quando eles foram presos e as casas de
jogo de azar já estão fechadas. Na decisão de Queiroga, o magistrado afirmou:
"Não há mais a potencialidade, dita no decreto de prisão preventiva, que
traga perturbação à ordem pública".
O advogado Augusto
Botelho, que faz parte da equipe de Márcio Thomaz Bastos, afirmou que a
magistrada da 5ª Vara da Justiça do Distrito Federal, responsável pela Operação
Saint Michel, chegou a analisar pedido de habeas corpus na tarde desta
sexta-feira, que foi negado.
Ele afirma, no
entanto, que haverá durante o plantão deste fim de semana um pedido de
reconsideração, levando em conta a decisão de Tourinho Neto. "A Operação
Saint Michel é um desdobramento da Monte Carlo e estão relacionadas. Se o
magistrado do TRF entende que a prisão não é necessária, também não seria no
caso do Distrito Federal", disse Botelho por telefone.
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