CASO "FALSA GRÁVIDA"

       

          O marido da falsa grávida, Kléber Eduardo Melo Vieira, só deve se apresentar à polícia após o depoimento da sua mulher, a pedagoga Maria Verônica Aparecida Santos. A informação é do advogado Marcos Antonio Leite. Maria Verônica fingiu estar grávida de quadrigêmeas, em Taubaté, a 134 km de São Paulo.

            Marcos Antonio ainda informou que depois que o caso ganhou proporção os dois não ficaram mais juntos.

         - Eles não estão separados, mas enquanto essa história não está totalmente esclarecida, Kléber está na casa de seus parentes e Verônica na casa de sua família. 

          A Delegacia Seccional de Taubaté já instaurou inquérito para apurar o caso e já procurou o casal, mas sem sucesso. De acordo com o advogado dela, Enílson de Castro, ela deve se entregar nesta semana. 

        - Vou ter uma conversar particular com a Verônica no fim do dia e se seu médico atestar que ela esteja apta a conversar vamos para a delegacia.

Imagens 

         Imagens inéditas do circuito de segurança do prédio onde mora a pedagoga Maria Verônica mostram o crescimento repentino da barriga dela nos últimos três meses. 

          Os vídeos conseguidos com exclusividade pelo Domingo Espetacular mostram a rotina de Maria Verônica. No fim de outubro do ano passado, ela aparece nas cenas sem a barriga de gestante. Quando as imagens foram feitas, a pedagoga já deveria estar no sexto mês de gestação. 

         Menos de cinco dias depois, novas imagens mostram um crescimento anormal da barriga de Verônica.

             Ninguém sabe dizer quando a farsa começou, nem mesmo o advogado dela, Enilson de Castro. De acordo com ele, a pedagoga sustentou a farsa até para os familiares. Mas, na sexta-feira (20), os parentes exigiram uma prova e, após ela dizer que estava passando mal, a barriga falsa foi descoberta. 

           Segundo Castro, o volume era formado por panos. Ele contou que se encontrou com sua cliente pouco depois de revelar a farsa para a imprensa, na tarde desta sexta. De acordo com o advogado, a pedagoga havia acabado de tomar banho e aparentava cansaço. 

           - Ela parecia ter tomado um banho como não fazia há muito tempo. Ela aparentava um cansaço grande e parecia estar mentalmente fraca e psicologicamente abalada. Uma pessoa destroçada dentro desse universo. 

        Vizinhos de Maria Verônica relataram que ela, o marido e o filho de cinco anos não aparecem no prédio onde moram, em Taubaté, no interior de São Paulo, desde a última quarta-feira (18). Alguns moradores da cidade disseram estar decepcionados com a revelação da mentira e outros afirmaram já desconfiar dela. 

         De acordo com a polícia, a pedagoga deve prestar depoimento nesta semana, mas ainda não foi informado o local em que será realizado. Se o psiquiatra avaliar que Maria Verônica tem condições emocionais, ela será ouvida na delegacia. 

           Enilson de Castro afirmou que sua cliente vai devolver as doações que recebeu quando dizia estar esperando as crianças. Aquelas que não têm identificação de quem as fez serão doadas para uma instituição de caridade. 

Consequências          O delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, afirmou ao R7 que Maria Verônica só responderá criminalmente se alguém que se sentiu lesado pela falsa história prestar queixa contra ela. Ainda assim, explica o delegado, a polícia vai avaliar se é uma questão criminal ou civil. 

         - A mentira por si só não é crime, mas se prejudicar outras pessoas é. Por exemplo, se ela pediu auxílio financeiro para alguém por causa da suposta gravidez e ficar provado quem deu o dinheiro, essa pessoa pode pleitear seu direito. 

          Já o marido de Verônica pode responder por falsidade ideológica, pois ele registrou um boletim de ocorrência no qual confirmou a gravidez. A pena para o crime pode chegar a quatro anos de prisão, de acordo com Lima. 

Fonte: r7.com